Fim do Cineclube Campo Aberto na Brotéria – Agradecimentos

Já há muito que queria ter escrito esta mensagem para marcar o fim deste segundo ciclo do Cineclube Campo Aberto na Brotéria. Mas a vida raramente é linear e poucas vezes acontece como planeamos. E entretanto aconteceu Setembro, como Setembro sempre acontece, com a sua velocidade voraz, e só agora tive uns momentos para regressar aos planos e para deixar estas letrinhas como mensagem de agradecimento no lugar efémero da internet.

O Cineclube Campo Aberto é um projecto independente, fundado, em 2019, produzido e programado por mim, Sofia Pires , sem nenhum apoio público, por amor ao cinema, à experiência colectiva do cinema em sala e ao espírito cineclubista e movido pela procura de uma comunidade de pessoas que trabalhem em som e imagem em movimento e que se encontrem regularmente para verem filmes juntas e para partilharem ideias, dúvidas, angústias, desejos e processos de trabalho.

Nenhum trabalho de continuidade se faz sem muitas e muitas e muitas mãos a ajudar para que os desejos passem do plano das ideias ao plano da realidade. Assim, a todos/as/es os/as/es amigos/as/es, cúmplices, loucos/as/es, sonhadores, ouvintes, testemunhas, artistas, participantes, pessoas queridas mais permanentes ou passageiras aqui deixo o meu mais sincero e singelo agradecimento por  terem ajudado a tornar estes últimos anos do Cineclube Campo Aberto possíveis.

Não vou nomear todas as pessoas pois, infelizmente, sempre acontece esquecer-me de algum nome no meio das listas mas para quem sabe que estas palavras lhes são dirigidas peço que as recebam no vosso coração com um profundo reconhecimento e companheirismo da minha parte.

Por fim, quero deixar também um sincero agradecimento à Brotéria e a toda a sua equipa que não só financiou todo este ciclo de forma independente – isto é, à margem de qualquer apoio público, graças ao apoio de muitas pessoas e instituições que acreditam no que a Brotéria faz – e que desta forma me ajudou a remunerar todos/as/es os/as/es artistas convidados/as/es e vencedores das open calls, todas as pessoas que trabalharam neste ciclo e toda a programação de filmes, alguns deles raramente vistos em Portugal, como também o acolheu de portas abertas e sem reservas. Um acolhimento dedicado e atento que permitiu o cruzamento e a formação de públicos e a reverberação sensível da comunidade do Campo Aberto.

Um acolhimento que tem sido infelizmente muito raro de encontrar noutras organizações culturais – públicas, privadas, com ou sem fins lucrativos – já que tenho passado os últimos anos a tentar chegar ao contacto com várias , em busca de parcerias e de remotas possibilidades de acolhimento na grande maioria das vezes, sem sucesso e sem qualquer resposta.

Assim, muito obrigada a quem ouve, a quem responde, a quem aparece, a quem se disponibiliza a fazer acontecer e a quem ajuda em tudo isto, com as suas mãos. Na imagem, recortes de fotogramas de mãos , um por cada um dos 6 meses do Cineclube Campo Aberto na Brotéria:

 

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